O projecto integra-se nos objectivos de renovação e valorização de todo o centro histórico de Gaia, que dinamizará as oportunidades de relacionamento entre a cidade e o rio.

A zona ribeirinha representa uma área com grande potencial de desenvolvimento que a curto prazo contará com novos equipamentos susceptíveis de incrementar fortemente o fluxo anual de visitantes. Entre estes e pela sua importância destaca-se o Centro Cultural de Gaia.

Procurando um enquadramento harmonioso na paisagem envolvente, a equipa de arquitectos desenhou uma malha leve, orientada pelo alinhamento do cais, alternando construções baixas e espaços livres para reduzir o impacto volumétrico sobre a margem e manter excelente visibilidade sobre o casco urbano da zona histórica de Gaia.

Utilizando materiais que reforçam a leveza e a transparência das fachadas, a expressão plástica dos edifícios baseia-se numa forma de dois pisos, cujas coberturas inclinadas participam no jogo dinâmico das silhuetas características dos armazéns das Caves do Vinho do Porto.

De todo o Cais de Gaia e particularmente das esplanadas dos pisos superiores, desfrutam-se inesquecíveis vistas sobre o Douro e a paisagem património Mundial da ribeira do Porto.
Os percursos pedonais foram desenhados de modo a dar continuidade à marginal já recuperada e ao mesmo tempo promover e enfatizar a relação com o rio.

Para apoio às actividades de todo o complexo existe um parque de estacionamento com capacidade para 320 lugares.

Participante activo no vaivém das gentes e dos barcos que fizeram a história do vinho do Porto, o renovado Cais de Gaia volta a ser um pólo central na vivência urbana, acompanhando a mudança dos desejos e das necessidades de uma região em permanente evolução.