Palácio Sotto Mayor

Lisboa



Descrição

O Palácio Sotto Mayor foi erguido por vontade do banqueiro Cândido Sotto Mayor (1852-1935) para servir de sua residência nas Avenidas Novas.

Em 1900, começou a demolição do solar oitocentista da família Mayor, que ali existia, para dar início às obras da muralha de suporte sobre o Largo do Andaluz.

Em 1902 iniciou-se a construção do Palácio Sotto Mayor, que demorou quatro anos e empregou uma média de duzentos operários.

O projecto é assinado pelo Capitão de Engenharia do Exército António Rodrigues Nogueira, pensando-se que este tenha encomendado o risco inicial ao Arquitecto Ezequiel Bandeira, tendo ainda a colaboração, no desenho, do Arquitecto Carlos Alberto Correia Monção.

Além do Palácio, o conjunto incluía anexos (cocheiras, casa de criados, lavadouro) e um sinuoso jardim «biscoito» com lago, estufa de vidro e gaiolas.

O programa arquitectónico do imóvel, em «estilo compósito» de inspiração francesa, desenvolve-se em duas fachadas de entrada — de salientar a janela com cariatides do Escultor Jorge Neto — uma fachada de lazer com torre adossada e a posterior de serviço.

O interior quadrangular é organizado à volta de um grande hall central, onde domina uma imensa clarabóia.

Nos finais dos anos sessenta chegou a haver um projecto do célebre Arquitecto Conceição Silva, para o local, que previa a demolição do velho Palácio e o surgimento de um Hotel de 5 estrelas.

(Nota: O Arquitecto Gastão da Cunha Ferreira, autor do actual projecto de recuperação, é um conhecedor profundo de tudo aquilo que para ali esteve previsto e suas vicissitudes. Está a preparar um livro muito bem documentado sobre o Palácio Sotto Mayor com a colaboração dos Dr. Pedro Bebiano Braga e Dra. Eunice Relvas, do Gabinete de Estudos Olissiponenses).

Em 1988, o Palácio Sotto Mayor foi considerado como imóvel de interesse público pelo IPPAR e surgiram, desde então, os primeiros projectos para a sua renovação.

Até 1992, o projecto esteve a aguardar a autorização do Instituto do Património e as autorizações da Câmara Municipal, tendo o processo de licenciamento sido autorizado em 1993.

Passados seis anos de espera, e depois de um incêndio no seu interior, a CML e o IPPAR deram luz verde ao projecto, com as últimas autorizações para o avanço do novo empreendimento. As características fundamentais do Palácio foram obrigatoriamente mantidas, tendo o projecto sofrido apenas um ligeiro "restyling".

 

Localização

Rua Sousa Martins, 1069 313, Lisboa

Latitude

38.7292755000

Longitude

-9.1458858000